Hello Expedition 58!
Atividades PreparatóriasO Projeto ARISS no Colégio contribui para uma maior informação dos estudantes do Colégio Campo de Flores acerca de um tópico que consideramos importante: a ISS (Estação Espacial Internacional) e a vida dos astronautas e cosmonautas que nela vivem. Por um lado, parece-nos um tema pertinente, uma vez que o trabalho destes, apesar de serem uma pequena parte da população, contribui para a investigação do mundo que é de todos. Por outro lado, trata-se de uma preparação para uma comunicação com o astronauta David Saint-Jacques que decorrerá no dia 2 de fevereiro de 2019, durante a qual alunos do colégio terão a oportunidade fazerem uma série de perguntas ao mesmo.
Saudação aos Astronautas
O programa ARISS foi criado e é gerido por um consórcio internacional de organizações de radioamadores e agências espaciais, incluindo a NASA (Estados Unidos da América), a Roskosmos (Rússia), a Agência Espacial Canadiana (Canadá), a JAXA (Japão) e a ESA (Europa).
Este tem como objetivo o fomento do interesse dos alunos em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) por meio de contactos via rádio com astronautas no espaço. Este ano, foi dada a possibilidade ao nosso colégio de participar neste projeto e, assim, conforme anteriormente referido, comunicar com um astronauta David Saint-Jacques durante cerca de 10 minutos. Durante esse período de tempo, 20 alunos farão 20 perguntas ao mesmo, pretendendo obter respostas do astronauta em tempo real.
Para a comunicação com os astronautas, é utilizado um rádio que trabalha na banda de amador, sendo geralmente utilizados por uma grande comunidade de radioamadores ao redor de todo o mundo. O que acontecerá é que as perguntas dos alunos serão transitidas sob a forma ondaseletromagnéticas, que serão emitidas por uma antena, motorizada, montada estrategicamente no colégio. Posteriormente, este sinal eletromagnético será captado e por uma antena semelhante na ISS, possibilitando ao astronauta a audição das perguntas efetuadas cá na superfície terrestre. Pelo processo inverso, vai-nos ser possível obter as respostas do mesmo.
A Estação Espacial Internacional completa uma órbita inteira à volta da Terra em cerca de 90 minutos, e será no momento em que passa por cima de Portugal que a comunicação decorrerá. A ISS é uma construção multinacional, uma vez que se trata de um projeto no qual vários países estão envolvidos e um laboratório espacial, já que são realizadas diversas experiências no interior da mesma. Além de espacial, é também um laboratório especial, uma vez que se encontra num ambiente de microgravidade, isto é, no qual a força gravítica tem uma intensidade muito reduzida. Por este motivo, tudo o que, no seu interior, não se encontra fixo nas paredes da ISS flutua, tornando a vida no espaço muito desafiante. Por um lado, a execução de tarefas que na Terra consideramos fáceis pode tornar-se difícil devido à ausência de gravidade (tais como lavar os dentes ou mesmo a movimentação dos próprios astronautas e cosmonautas no interior do satélite). Por outro lado, estes podem experienciar efeitos secundários no seu corpo, tais como o atrofio dos seus músculos, dado que deixam de ser usados com tanta frequência como o são na Terra; isto faz com que os “viajantes do Espaço” tenham de manter uma rotina de exercício físico diária, para combater tal fenómeno.
Também relacionado com o Espaço existe outro problema muitas vezes desconhecido ou até mesmo desprezado pela maioria das pessoas: o lixo espacial. Juntamente com cerca de 700 satélites operacionais que, atualmente,orbitam a Terra, encontram-se partes de naves espaciais, pedaços de satélites que colidiram ou até mesmo satélites antigos já desativados. Todos estes fragmentos, já sem utilidade pelo Homem, constituem o lixo espacial e, ao permanecerem lá em cima, podem gerar diversos problemas: pelas suas grandes velocidades de movimento, podem colidir com satélites ainda ativos e funcionais(incluindo a própria Estação Espacial Internacional), levando a avarias e pondo em perigo a vida dos astronautas, ou até mesmo entrar na atmosfera da Terra, podendo colidir com a superfície da mesma. Perante esta situação, e iminência de perigo, existem equipas de investigadores espalhados por todo o mundo que procuram ativamente uma solução. Uma delas pertence a uma Universidade na Suíça, e a solução que estão a tentar implementar passa pelo desenvolvimento de um satélite artificial (chamado “Swiss Cube”), capaz de agarrar pedaços de lixo espacial e de os trazer, de novo, para a Terra, provocando a sua desintegração na atmosfera, devido ao atrito na entrada da atmosfera.
Neste momento, a expedição que se encontra na ISS é a expedição 58, que ocupa um período entre dezembro de 2018 e junho de 2019, sendo constituída por um cosmonauta (comandante Oleg Kononenko, 54 anos, Roskosmos, engenheiro mecânico) e dois astronautas(Anne McClain, 39 anos, NASA, Tenente Coronel do exército dos EUA e David Saint-Jacques, 49 anos, Agência Espacial Canadiana, engenheiro físico e médico, aquele com quem vamos comunicar.
Alunos do Projeto ARISS – 12º Ano