Jantar de Finalistas 12º ano
Realizou-se, no dia sete de Junho, na Quinta do Chão Duro, em Azeitão, o jantar de finalistas do 12º ano que reuniu 150 pessoas.
Os alunos, vestidos a rigor, chegaram com sentimentos contraditórios, felizes, mas conscientes de que agora terminaram uma importante etapa das suas vidas e que, por isso, é chegada a hora de cortar o elo que os uniu durante estes doze anos a este colégio que os viu crescer. Agora seguirão novos caminhos, conhecerão uma nova escola, farão novas amizades, sem esquecerem, certamente as que aqui cresceram com eles.
Foi uma noite de sonho, glamour, muita amizade e momentos únicos entre risos, lágrimas e gargalhadas.
Desejos de boa sorte, muito sucesso e felicidades para todos.
Discursos de dois alunos do 12º ano
Boa noite a todos os presentes; pais, alunos, professores, funcionários, familiares, namorados, e, ao que me parece, nenhuma namorada. Antes de começar, deixem-me já tranquilizar-vos, pois todo este discurso foi previamente revisto e aprovado por um professor, cuja identidade permanecerá em sigilo. (Onde está a professora Teresa Ribeiro?…). Portanto, não se apoquentem, este será um discurso politicamente correto. Só tenho pena de termos tido uma indiana e uma moldava na turma estes três anos. (Obviamente, estou a brincar, gosto muito delas.)
Dentro de alguns minutos, todos nós iremos para casa (alguns vão sair à noite, espero que os pais já estejam avisados…), as portas da sala serão trancadas, e as luzes apagadas. É certo que nos iremos encontrando pela escola, ao longo das próximas duas semanas, mas a partir de hoje, acabaram-se as aulas, os testes, os intervalos, os trabalhos e tudo o mais. A partir de hoje, a escola deixou de ser o pretexto para nos vermos diariamente – a partir daqui, dependeremos apenas de nós mesmos para mantermos o contacto.
Na verdade, a partir daqui, dependeremos unicamente de nós mesmos para tudo; assim que eu me calar – não se preocupem, que eu não demoro – passaremos a depender apenas de nós, na nossa vida. Quer nos exames, quer na faculdade, quer no mundo do trabalho, seremos apenas mais um número. Hoje, abandonamos uma redoma que nos tem protegido. E não será fácil. Muitos de nós estamos confortáveis aqui, há uma década, ou até mais. Vai-nos custar o mundo exterior. E, por vezes, as dificuldades vão-nos desanimar e dar vontade de desistir dum sonho, e acomodarmo-nos a algo menos ambicioso, mas mais confortável. Eu peço-vos a todos (agora falo apenas para os meus colegas), que não cedam. Lutem por aquilo a que dão valor, e recusem-se a atropelar os outros para vocês mesmos serem “o máximo”. Ganhem, mas ganhem por mérito, não por meio duma esperteza, dita saloia.
Podem-me perguntar onde ir buscar forças para uma tarefa destas. Olhem em volta. Podemos estar sozinhos no mundo do trabalho, mas não estaremos sós em casa, ou no café, ou nas ruas. Temos a nossa família, que chegou até aqui connosco. Temos os nossos amigos, que nos fazem rir quando mais precisamos. Temos a Sara. Temos um mundo cheio de caras de pessoas que nos são estranhas, mas que, no fundo, são como nós, animais assustados com o mundo.
E é assim que podemos sobreviver ao mundo lá fora: com os nossos sonhos, os nossos princípios, as nossas famílias, os nossos amigos, e já agora, se me permitem, com uma fortuna incomensuravelmente boa, ou, como se diz em bom português, uma sorte do caraças. Obrigado!
Miguel Marques
Olá a todos, o meu nome é Sara, sou finalista e há 4 dias que não estudo para testes. Chegou finalmente o Jantar de Finalistas, o momento que marca o final destes anos de secundário, mas não teríamos chegados aqui sem a ajuda dos nossos pais, por nos aturarem desde que nascemos, por nos apoiarem, e mesmo que muitas vezes não tenham razão, nós gostamos muito de vós; sem a ajuda dos nossos professores, por terem muita paciência para nós, e para além de professores serem também nossos amigos; sem a ajuda do Dr. João Rafael por nos ter ajudado nos últimos anos nas nossas atividades para a viagem de finalistas e pela disponibilidade para nos ouvir; sem a ajuda das nossas diretoras de turma que são como umas mães para nós, sem ajuda do colégio, amigos e familiares. Por isso, em nome da turma, um muito obrigado!
Quero agora falar para a turma, mas queria primeiro dizer-vos uma coisa que aprendi ao longo destes anos, o secundário é como uma piscina, em que os professores nadam, os alunos boiam e as notas afundam.
Ao longo deste tempo fomo-nos aproximando cada vez mais, tivemos bons e maus momentos, temos pessoas com quem nos damos melhor do que com outras, e acho que o nome turma não é o mais indicado para nos definir, mas sim uma família uma família um pouco invulgar. E eu tenho uma coisa para partilhar com esta família, eu tenho muito medo do futuro e acho que muitos de vós partilham este sentimento, não sei se vou conseguir atingir os meus objetivos, não sei onde é que eu vou estar daqui a 5 anos, nem sequer daqui a uma semana, quer dizer sei, vou estar stressada com os exames e a culpar o ministério, mas não falemos dessas coisas.
Nós estamos a terminar uma etapa muito importante das nossas vidas e a começar outra e o medo que temos não nos pode impedir de aproveitarmos o que temos pela frente, temos de arriscar, temos de fazer coisas que se calhar até nos vamos arrepender daqui a algum tempo, mas qual é a pior coisa que nos pode acontecer? Levar um golo aos 92 minutos? Estou a brincar, podemos levar aos 82 como foi com o Guimarães. Há finais tristes, como a da Liga Europa, e há finais felizes.
Lembrem-se que nem sempre o que está correto é o que nos faz felizes, e importante é que sejamos felizes, que não deixemos nada para trás e que um dia nos possamos arrepender. Como o meu querido amigo Barney diz “Novo é sempre melhor”, por isso vamos experimentar o que é novo.
Vai haver alturas em que vamos estar completamente perdidos, sem saber o que fazer, vamos estar em baixo, mas temos que nos levantar e continuar, não podemos deixar que uma coisinha de nada nos deite abaixo, somos mais fortes do que isso. O que eu no fundo quero dizer, o que eu desejo a todos vós é que Sejam Felizes, se não for cada um de nós a fazer alguma coisa pelo nosso futuro, mais ninguém o vai fazer.
Obrigada a todos, gosto muito de vocês.
Sara Ali