Mascal’22

O Clube de Radiocomunicações e Proteção Civil do Colégio Campo de Flores proporcionou aos alunos a possibilidade de participar enquanto figurantes/atores no exercício “Mascal’22”. A realização deste exercício visou criar condições para testar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, permitindo avaliar diferentes valências ao nível da resposta operacional, com vista à melhoria da capacidade de resposta conjunta e integrada a situações de emergências de maior complexidade.

Alunos, professores e encarregado de educação interpretaram papéis no âmbito de um aviso meteorológico vermelho, emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o qual previa a aproximação de um furacão ao território continental português.

Os cenários foram diversos, sendo que colaborámos no cenário B, C, D e E. O cenário B decorreu no cais Galo, em Porto Brandão, e tratou-se da simulação de um incêndio e acidente de embarcação a bordo de um cacilheiro. No cenário C imaginou-se a existência de uma fuga na trasfega de gás, tendo sucedido um incêndio na Indústria Seveso (Repsol). No cenário D simulou-se a busca e resgate em grandes áreas, seguida de acidente na Falésia. No cenário E o exercício incidiu no acidente de um autocarro que teve início no final da tarde e se prolongou noite dentro. Este cenário teve lugar no parque de estacionamento SCMA, no Pragal.

Os cenários foram muito realistas, envolvendo caracterização e efeitos especiais típicos de uma situação catastrófica. O papel dos figurantes/atores foi fundamental, tendo-se registado situações de ansiedade, escoriações, fraturas expostas e deformidades!
Clube de Radiocomunicações e Proteção Civil CCF

Testemunhos:
“No dia 18 de junho tivemos a possibilidade de participar no Exercício de Proteção Civil MASCAL’22, a convite do Serviço Municipal de Proteção Civil de Almada.
Deslocamo-nos desde o centro de operações da Proteção Civil de Almada até ao parque industrial Seveso da Repsol, na Banática, onde ocorreu o segundo cenário. Este envolvia um aviso meteorológico vermelho, emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que previa a aproximação de um furacão ao território continental português.
Tínhamos como papel desempenhar a figura de pescadores amadores que foram afetados por gases nocivos provenientes daquela indústria (REPSOL) e também por um desastre numa fábrica local. A maioria dos sintomas, simulados por nós, foi tosse, náuseas e prurido (irritações na pele e olhos). Fomos assistidos pelos bombeiros (preencheram uma ficha que especificava a condição de cada um) e mais tarde fomos transportados numa ambulância até ao RAC (Regimento de Artilharia de Costa) onde estava situado um hospital de campanha. Neste mediram-nos a tensão e cuidaram daqueles que tinham problemas mais graves. Os próprios profissionais no local criaram situações fictícias, como por exemplo ataques asmáticos por parte das vítimas, o que foi bastante importante para acrescentar verosimilhança ao cenário de catástrofe e para treinar alguns voluntários desta experiência.
A participação nesta atividade foi muito enriquecedora uma vez que nos mostrou todo o processo, trabalho e organização que existe neste tipo de situações”.
André Silva, Daniel Peres, Miguel Gonçalves, Raquel Costa e Tiago Hora (alunos do 12º ano)
“Poder estar presente em dois cenários do Exercício MASCAL’22 foi uma experiência muito enriquecedora devido ao facto de me ajudar a perceber como trabalham diferentes entidades em situações de emergência”.
Miguel Gonçalves (aluno do 12º ano)
“O exercício Mascal’22, foi bastante importante para a preparação das unidades de emergência como, por exemplo, Proteção Civil, GNR, PSP, Corporações de Bombeiros, entre outros agentes de proteção civil. Ao ter participado em dois cenários, um que consistia numa busca e salvamento e outro que em que teria ocorrido um acidente com um autocarro, acredito que podemos sempre contar com estas unidades de emergência, pois estarão sempre disponíveis para nós”.
Leonardo Grilo (aluno do 10º ano)
“Participar no Mascade’22 foi um exercício importante para testar a capacidade de resposta e de articulação da Proteção Civil com diversas entidades em situações de calamidade. Além disso, foi muito útil treinar procedimentos de ação em caso de emergência. Sentimo-nos mais seguros se conseguirmos reagir conscientemente, sem nos deixarmos avassalar pelo pânico, face ao perigo”.
José Fernandes e Sandra Gago (professores membros do Clube de Radiocomunicações e Proteção Civil do Colégio Campo de Flores)